1165

Soa a data histórica, não soa?!

Não é. 1165 é o número de juntas de freguesia que ao que parece terão os dias contados. Para aqueles que se assustaram com o número, tranquilizem-se: ainda restam 3094!

A questão é porquê?! Sim! Por que é que ainda restam quase 3100?!

Para acontecerem desmandos como este na Junta de Freguesia de São Jorge de Arroios não chegam as 308 câmaras municipais?! E quantos mais não ocorreram (e continuam a ocorrer) e que não foram (são) detectados?! Quantos?! Esta pergunta até parece descabida porque há muitos que foram e que cujos perpetradores se mantiveram em liberdade prontinhos para aprontar a próxima. Como neste caso aqui apresentado em que ninguém parece responsável…

Como é sabido, os orgãos de poder local – bastiões das falanges partidárias – são dos seus principais empregadores. Como tal é “compreensível” a relutância das organizações partidárias em cortar nos “seus” postos de trabalho apesar de dizerem que quem perde são os “Portugueses”. Confira a opinião do líder do PS (ou não, se já estiver farto das suas baboseiras).

Para já fica o aviso do ministro da Economia que mais cortes no “emprego dos partidos” são de esperar. Nas suas palavras na palestra que deu dia 7 de Dezembro na Universidade Política do PSD (qualquer piada aqui seria muito óbvia), organizada pela JSD “em vez de utilizarmos [os fundos comunitários] para construir rotundas, piscinas, estradas e pavilhões gimnodesportivos, o que queremos é que vocês quando saírem da universidade criem as vossas empresas ou que exportem“. Más notícias…para os assalariados filiados dos órgãos do poder local.

Pois é, a supressão de postos de trabalho alocados por um partido também começa pela base…

Paciência! Há-de chegar-se ao topo…

Nota: Neste texto publicado em 2010, antes de resgates financeiros e afins, foram defendidas estas medidas e outras. Confira!

Chamem-lhe…

…o que quiserem!

Incompetência, incapacidade…

Já sei! Conflitos de interesse

PSD e CDS não se conseguem entender sobre um tema muito simples onde pelo visto já houve luz verde: lei eleitoral autárquica.

Portanto, a lei ambígua que define o número máximo de mandatos e a composição do executivo municipal ficam na mesma.

Se não conhecesse os interlocutores no processo diria que se tratava de uma reunião de concertação entre sindicatos e patronato. A diferença é que o patronato não tem assento por isso os “postos” de trabalho serão todos preservados…

Rui Rio, vai-te embora! Estás a mais…nesta cambada!

Epifania de Carlos César

O presidente do Governo dos Açores foi abençoado por uma epifania: ocorreu-lhe que a UE deveria seguir o modelo de organização dos EUA.

UAU! Foram os hidratos do pequeno-almoço que lhe valeram tamanha clarividência? Terá sido a retribuição pelo pequeno-almoço oferecido por uma instituição baseada nos EUA ? Terá estudado um pouco de história Europeia (e/ou Norte-Americana) nas férias? Terá esbarrado nalgum documento ou tratado de integração económica?

Seja o que for espero que lhe desçam mais epifanias desta natureza…

Pior não pode ficar…Quem disse?!

As agências de notação financeira têm figurado entre os protagonistas na crise que se vive.

No entanto os muitos dos seus estudos e análises têm bastante relevância para as tomadas de decisões quer de investidores quer de governantes. Isto porque a divulgação das suas constatações acaba por condicionar positivamente a liderança de países ou organizações. Em relação a Portugal, a S&P lançou o alerta para as dívidas contingenciais assumidas pelo Estado para desonerar PPP’s e a banca. À partida esta teia de contingências melhorará o cenário para todas as partes envolvidas no entanto o risco para o contribuinte subiu consideravelmente!

Já agora acrescente-se que há outro “buraquinho” negro que convém não menosprezar: as dívidas das autarquias e das empresas locais!

Portugal SGPS (revisitado): Mudança de perspectiva para…favorável!

Já lá vão mais de dois anos sobre o diagnóstico efectuado a Portugal SGPS. Na altura além da constatação da completa disfunção em que se encontravam a economia e a sociedade Portuguesas enunciaram-se uma série de reformas prementes a implementarem-se com a maior brevidade possível. Doutra forma seria de esperar o definhamento agoniante (ou tumultuoso) do país.

Numa altura em que ainda há muito a fazer para tornar Portugal num país mais próspero é de salutar algumas das reformas postas em prática nos últimos dois anos (destaque para as anunciadas nas fundações). Desta forma será possível augurar um futuro melhor contribuindo no processo para uma sociedade mais igualitária – ao retirar benefícios ilegítimos e a poupar o erário público.

Claro que há outras zonas de intervenção mais sensíveis para os partidos, como no poder local e regional, em que se aguardam, com expectativa, novidades a breve trecho para moralizar ainda mais este esforço reformador. Daqui decorrerão outros efeitos positivos.

Este capítulo tarda em ser fechado (talvez) pela imensidão de “filhos” destes desmandos…

Só é de lamentar que este espírito reformador tenha sido fruto do acosso de entidades externas. O mesmo é dizer que se tal não acontecesse o “forrobodó” teria continuado!