Droga – em breve – inócua

O presidente do Banco Central Alemão, Jens Weidmann, alertou para o efeito viciante  do programa de compra de dívida pública a ser levado a cabo ou pelo BCE ou pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF).

Esta medida de política monetária já veiculada um sem número de vezes configuraria uma prática em tudo semelhante ao que a Reserva Federal Americana (Banco Central dos EUA) accionou há já 4 anos: quantative easing ou monetização de dívida pública. Os objectivos passam por fazer descer – artificialmente – os juros da dívida soberana de um determinado país, ou países, inundando o sistema financeiro de liquidez. O propósito?!  Despoletar um ciclo virtuoso reduzindo o custo de oportunidade do investimento e do consumo e assim atenuar os efeitos dolorosos da desalavancagem generalizada da economia Europeia.

Enquanto essa purga não terminar – entenda-se redução da relação dívida/PIB – é contraproducente injectar liquidez no sistema financeiro. Só assim se consegue preservar (alguma d)a eficácia da política monetária. Que o digam os Japoneses…

Mais, a dimensão da dívida soberana europeia atinge tal magnitude que esta panaceia pode revelar-se infrutífera se não for percepcionada pelos participantes nos mercados de capitais como sendo eficaz.

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